Estreia nesta segunda, dia 25, Amor de Mãe, a primeira novela da autora Manuela Dias, que está no canal carioca há mais de duas décadas, onde foi colaboradora de outras novelas e séries, além de ter escrito as suas próprias.
O diretor, José Luiz Villamarim, fala do seu estilo de trabalhr: “Gosto de filmar desse jeito. Daí a noção do realismo. Não fico fazendo truque. A solução não está na montagem, está no set, na hora de fazer. A Regina está ali, não tem o lado de cá para acertar. O erro vai entrar, se for o caso”, explica o diretor ao UOL.
A autora, Manuela Dias, também falou do seu estilo: “Eu estou na Globo há 22 anos para chegar nesta segunda-feira”, diz Manuela. “Sou uma noveleira, amo novela, me lembro do último capítulo de ‘Guerra dos Sexos’ (1983), eu chorando, com 7 anos, falando pra minha mãe que ia sentir saudades dos personagens, que nunca mais ia vê-los”.
“O vilão é a vida”, realça a autora, que acrescenta: “Esse é um princípio da dramaturgia da novela. Ela não tem vilão. Gosto de personagens pluridimensionais. É difícil você dizer que os personagens desta novela são totalmente bons ou totalmente maus. Não tem nenhum. Todos têm nuances, tem complexidades”, observa Manuela Dias sobre a nova novela das 21h da Globo.
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Ela segue: “Assim, além da maternidade, da questão da estratificação social, a novela fala muito sobre isso, sobre pessoas muito boas que também cometem erros horríveis. As minhas três protagonistas cometeram erros horríveis. A gente vai descobrir ao longo da novela. E isso não faz com que elas deixem de ser boas”, diz a autora do folhetim.
Vale dizer que nem Álvaro, o personagem de Irandhir Santos, o mais sangue ruim da história, não é maniqueísta. “Ele comete maldades, mas não é o condutor da história”, afirma o diretor. “Considero um grande desafio em matéria de dramaturgia. A pessoa espera o vilão. Teve gente que leu (a sinopse) e falou: não tem um vilão!”.
A autora segue defendendo a falta de vilões rotulados: “Esse é o meu ponto de vista sobre a vida. Deste ponto de vista nasce tudo. Não existe vilão. Quer dizer, existem. Pessoas muito egoístas, que fazem coisas horríveis. Estes são os vilões. Mas mesmo as pessoas com os piores defeitos do mundo, como a Cersei, de ‘Game of Thrones’, têm alguém”.
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“Não precisa estar ali filmando close, close, close. A gente não precisa disso mais. A televisão já tem uma qualidade. A gente precisa conversar com o espectador. A minha ideia é que ele nem perceba”, explica Villamarim.