Após um personagem pouco carismático e quase rejeitado pelo público em Segundo Sol, Fabrício Boliveira está de volta às tramas da Globo em Amor de Mãe, na pele de Paulo, o marido de Vitória (Taís Araújo).
Para quem não sabe, esses personagens são casados no começo da novela, até que eles divergem sobre ter filho ou não. Ela quer, ele não. E isso é um dos motivos do fim do romance. “Essa relação deles é um pouco sobre fim, toca em algum lugar, quais são esses novos fins?”, questiona Boliveira.
Ele segue no argumento: “Quando a gente tem uma relação madura, onde não está ninguém tão passivo dentro da relação, ninguém necessita do outro financeiramente e emocionalmente. Como a gente consegue terminar de um jeito bacana? Essa é a nossa tentativa nesta novela”.
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Ele ainda defende uma maior representatividade da negritude na TV: “De algum jeito me faltou muito como criança representatividade, pessoas negras ocupando outros lugares, outros personagens. Estranho que, dentro do Brasil, a gente tenha uma representação de Papai Noel como se ele fosse americano, como se ele fosse de um outro lugar da nossa cultura, isso não está linkado à nossa realidade”, opina ele, ignorando o fato de que o bom velhinho é europeu, e não brasileiro.
E segue: “Não sei se acreditei muito em Papai Noel, mas acho bom a gente pode repensar a cor de Jesus Cristo, por exemplo, a cor do Papai Noel ou da onde ele veio. De onde veio essa imagem de Jesus que nós temos? Por que essa imagem permanece para a gente como verdade absoluta? Pra mim é um contraste”, completa ele.