Em Éramos Seis, Antonio Calloni dá vida a Julio, o marido de Lola. Trabalhador e dedicado à família, apesar de bastante rígido com os filhos homens, ele não é um santo: dá os seus pulinhos e tem uma amante.
“Na época, era comum o homem dar suas saidinhas, e a mulher fingia que tudo bem. Fazia parte. Hoje não. O machismo ainda está muito presente, mas olha só como a situação mudou”, pondera ele.
Já se sabe que o personagem trairá Lola com uma dançarina, Marion (Ellen Rocche). “A relação entre os dois não é puramente sexual, ele precisa de alguém para desabafar sobre o que acontece em casa. Tem um companheirismo”.
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“O peso de sustentar a família sozinho é algo muito sério para o Júlio. Ainda bem que hoje tudo mudou, e essa responsabilidade de só o homem ser provedor é algo até absurdo. Realmente adoece uma pessoa”, pondera Antonio ao Notícias da TV.
Calloni conta ainda que lutar contra o machismo é uma bandeira atual sua: “Foi uma honra ter feito parte dessa história para discutir um tema tão árduo. Quanto mais a gente debate isso, mais rápido tem a chance de resolver”, diz ele sobre a série Assédio, da Globo.
MAIS DE JULIO:
O protagonista masculino da novela será Julio (Antonio Calloni). Apaixonado pela esposa e por sua família, ele não consegue ter com os filhos Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol/Nicolas Prattes), Julinho (Davi de Oliveira/Andre Luiz Franback) e Isabel (Maju Lima/Giulia Buscacio) a mesma boa relação de afeto que a mulher estabeleceu com eles.
Ele trabalha como vendedor na loja de tecidos de propriedade de Assad (Werner Schunemann), e alimenta o sonho de um dia ser rico como o chefe, o que acaba por gerar conflitos com sua esposa, Lola. Enquanto, para ela, o mais importante da família é o lar, o marido só pensa o tempo todo em ficar milionário.
Passada em três fases, a trama acontece em três décadas do século passado: os anos 20, 30 e 40. “É sobretudo sobre afeto e amor em tempos de crise”, conta a autora da novela, Ângela Chaves. “A história de dona Lola, família e amigos atravessa o tempo porque é encantadora e real. É uma alegria muito grande e também uma honra fazer o remake de Éramos Seis”, conclui Chaves em conversa com o Uol.