No ar na Escolinha do Professor Raimundo, o ator Kiko Mascarenhas esteve recentemente na telinha da Globo em uma novela, O Tempo Não Para, e já está em outra trama, mas agora de época: Éramos Seis. Sobre a novela, ele conta que leu o livro que inspira a trama.
“Eu fiquei muito arrasado, foi muito devastador! Uma coisa é você ler quando é garoto, outra coisa é você ter vivido a vida inteira, e perceber que aquela história tem uma dimensão e profundidade muito maiores. É muito triste! Mas ao mesmo tempo eu tenho certeza que essa novela vai agradar, porque ela tem esse poder da catarse. Tem muita gente com esse choro guardado e eu acho que essa novela vai ajudar as pessoas a darem essa ‘extrapoladinha”.
Sobre o seu personagem, ele revela: “Meu personagem é o Virgulino. Ele é um personagem que não se revela no início. A primeira impressão que você tem é que ele é um pai, um banana Ele é um pai que cuida daquela família, e que sua mulher é um pouco autoritária e o que prevalece é a vontade dela sempre, afinal eles não discutem. Eles têm uma convivência de casal harmônica, e ele é um pai muito dedicado e amoroso”.
QUEM SOU EU?
E seguiu definindo a família de Virgulino: “São dois filhos. Um casal. Eles começam crianças e em breve estaremos com eles jovens. O que vai ser incrível, porque estamos completamente apegados às crianças, e vai ter um pulo de dez anos e não estamos preparados para acompanhar esse salto. Mas sobre o personagem, descobre-se lá pelas tantas, que o Virgulino, que trabalha na Telefônica, e é envolvido com política”.
Kiko ainda acrescenta: Ele está envolvido nos planos das primeiras leis trabalhistas, é um cara que defende férias, décimo terceiro, fundo de garantia, jornada de trabalho, isso não existia ainda nessa época, e ele é um dos defensores. É uma pessoa muito carinhosa, muito amorosa, um banana por fora, mas é um grande militante que está mudando o país, olha que personagem bacana!”.
E contou que tem pena da protagonista da trama: “A história da saga dessa família me toca. Eu tenho muita pena da Lola, porque a Lola é uma personagem que passa por muitos sacrifícios, muitas agruras, e não tem recompensas. Ela não é recompensada em momento algum, e mesmo assim ela não desiste. E isso é muito lindo de se pensar. Com tudo de errado que pode dar, ela tem tanto amor por essa família, pelas pessoas que a cercam… E a história é dela. O livro começa com ela visitando a casa onde eles moraram, ela já velhinha, e logo vem aquele flashback. É Devastador!”.
O NOVATO NO ROLÊ:
“Meu personagem, por exemplo, não existe no livro. No livro, a Genu, que é a minha esposa interpretada pela Kelzy Ecard, é viúva. Ela só é a fofoqueira da rua. Na novela ela não ganha só esse cunho de fofoqueira, ela tem outras funções. Ela ganha um marido. Esse marido entra justamente para criar um viés com política. Porque os filhos de Genu e de Lola vão se envolver com política quando jovens, e daí já temos uma tragédia. Mas não posso ficar dando spoiler aqui”. Com informações do Observatório da Televisão.