Verão 90 é uma novela que dialoga com grandes clássicos da dramaturgia da Globo e homenageia histórias famosas da casa, como Rainha da Sucata, Guerra dos Sexos e tantas outras obras do passado.
E ao jornal Extra uma das autoras do folhetim admitiu que faz essas homenagens de propósito, sobretudo por ser fã dessas obras: “No fim dos anos 80 e durante toda a década de 90, fui uma telespectadora apaixonada. O folhetim sempre me instigou, e nessa fase tivemos novelas inesquecíveis, que mudaram a minha vida e fizeram de mim uma autora”, disse Izabel Oliveira.
E acrescentou: “Em “Verão 90”, estou tendo a oportunidade de homenagear essas tramas e esses autores maravilhosos, situando no contexto e no clima da nossa história. Sim, tem muito de Maria de Fátima (Gloria Pires) e Raquel (Regina Duarte) na relação Jerônimo (Jesuíta Barbosa)/ Janaína (Dira Paes), sem querer comparar com essa novela espetacular de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres. É mais uma brincadeira”.
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E falou de mais outras homenagens: “E o assalto em que Jerônimo se envolve lembra o roubo a banco do filme “Caçadores de emoção”. Já “Ghost” (a comparação entre as personagens de Whoopi Goldberg e Fabiana Karla) realmente foi coincidência”.
“Jerônimo e Vanessa (Camila Queiroz) têm muito de Maria de Fátima e César Ribeiro, de “Vale tudo”. Jerônimo, inclusive, fala várias vezes “Eu não transo violência”, frase tirada do texto brilhante de Gilberto Braga (dito pelo personagem de Carlos Alberto Riccelli)”.
“Como não poderia deixar de ser, temos um personagem que vai dar a clássica “banana” de Marco Aurélio (Reginaldo Faria) em “Vale tudo” ao fugir do Brasil. Aguardem!”, avisa Paula Amaral.
“Ainda teremos muitas outras citações: “Renascer”, “Despedida de solteiro”… Na década de 90, as novelas da Globo faziam parte do cotidiano brasileiro. Era comum as pessoas marcarem compromissos em função do horário da atração, só sair depois da ‘novela das oito’ era normal”.