
Em Tieta, o coronel Artur (Ary Fontoura) terá um verdadeiro surto de ódio ao descobrir que Leôncio (Roberto Frota) pediu a mão de Filó (Cristina Galvão) em casamento. Irritado e possessivo, o veterano se recusa a deixar a jovem seguir sua vida e ameaça puni-la de forma severa se ela insistir em se casar.
Filó, que passou anos sob a proteção e controle do coronel, finalmente reúne coragem para revelar sua decisão de aceitar o pedido de Leôncio. Para ela, além de ser um homem trabalhador e respeitável, Leôncio representa a chance de construir um futuro seguro e independente. “Eu acho que vou aceitar, sim. O Leôncio é bom, trabalhador, e se ele me pediu em casamento, é porque deve ter algum afeto por mim, né?”, diz ela, esperando que Artur entenda sua escolha.
No entanto, a reação de Artur é de total incredulidade. “Tu vai me deixar aqui?”, ele questiona, não aceitando a ideia de que Filó saia de sua casa. A jovem, então, revela seu medo de envelhecer sem um lar próprio ou ninguém para cuidá-la. “Por mais que eu goste das meninas, que eu goste do senhor, dessa casa, eu ia gostar de ter o meu canto, a minha vida”, desabafa, deixando claro seu desejo por um futuro diferente.
Filó teme que, com o tempo, o coronel a descarte. “Se eu envelhecer e não servir mais pra nada, sabe o que pode acontecer? O senhor vai me mandar arrumar minhas coisas, me dar uns trocados e me pôr na rua”, acrescenta.
“Pelo menos eu vou ter alguém pra me amparar até morrer”, justifica Filó, esperando que Artur compreenda sua necessidade de segurança e carinho. No entanto, o coronel, ao invés de entender seus sentimentos, reage de maneira dura. Dominado pelo ciúmes e pela necessidade de controle, ele se recusa a deixar Filó ir embora.
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“Tu tá muito enganada. Tu não vai sair daqui, não. Vai ficar aqui, porque aqui é teu lugar. Vai ficar aqui até morrer, até ficar velha e imprestável, mas vai continuar aqui, cuidando de mim, da minha casa, das minhas rolinhas, como sempre fez”, dispara o veterano. E, percebendo que Filó pode desafiá-lo, ele soltará uma ameaça ainda mais pesada: “Se tu não quiser fazer isso, sabe o que eu faço? Mando te acorrentar!”