Revoltada com a existência do cabaré de Serro Azul, Mirtes, a beata mor da cidade, quer que o estabelecimento de ‘entretenimento adulto’ suma do mapa de vez em O Sétimo Guardião.
Para isso, ela decide contar com a ajuda do padre Ramiro. “Padre Ramiro! Tenho um pedido a lhe fazer”, dirá a religiosa, começando a conversa. “Dona Mirtes, a senhora já frequenta a igreja tempo suficiente para saber que pedido aqui a gente faz pros santos, pra Virgem, pra Jesus, pra Deus… Não pra mim!”, rebate o sacerdote.
Ela vai direto ao ponto quanto ao que quer: “O assunto exige um auxílio terreno. O senhor precisa liderar uma campanha para combater um mal da nossa sociedade: aquela casa da Ondina!”.
O padre rebate: “Elas exercem a profissão mais velha do mundo. Quem sou eu para querer acabar com isso agora?”, questionará. “Aquilo perturba a paz! É música alta todo dia!”. “Reclama na secretaria de ordem pública”. “Elas devem estar espalhando doenças, até!”. “Reclama na secretaria de saúde”. “O senhor vai mesmo se omitir frente àquela sodomia toda?!”, questionará a mãe do médico Aranha, que é um dos guardiões da fonte.
“Não vamos julgar. Lembre-se que Maria Madalena andava junto dos apóstolos de Cristo”. Venenosa, Mirtes joga gasolina no fogo: “Deve ser por isso que agora passaram a exercer um ensinamento dele lá naquele antro”. “Que bom! E qual seria?”. “’Deixai vir a mim as criancinhas!’”, falará ela. “Dona Mirtes, essa é uma acusação muito grave!”.
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“Antes eram só adultos, mas agora, meu neto, que esteve lá e chegou na minha casa bêbedo é a prova disso. Ondina está recebendo meninos!”. “Menino só aos olhos de você, que é a avó dele! Guilherme é homem feito, já tem dezoito anos”. “O senhor não vê gravidade em nada? Daqui a pouco, só falta querer colocar estátua de candomblé na porta da igreja!”.
“Por que eu faria isso?!”. “Talvez o senhor queira homenagear a fé dos seus antepassados…”. “Quem neste país é capaz de dizer que não tem uma gota de sangue negro? Só os alemães de Santa Catarina… E olhe lá!”. “Não falei por mal! Eu só quis…”. “Retire o que disse ou lhe processo por racismo!”, conclui o padre Ramiro, calando a boca de Mirtes.