Até alguns anos atrás considerada um dos principais nomes da Globo, esta personalidade deixou a posição de destaque e prestígio para passar a ser nome proibido. Filósofa de formação, enveredou para a atuação quando estreou na Band, em uma participação na série Confissões de Adolescente (1993).
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Depois teve passagens pela Manchete e não deu muito tempo para chamar atenção da Globo. Em 1999, fez sua estreia numa pequena participação durante a série Mulher e, poucos anos depois, foi convidada para passar a ser um dos rostos principais da dramaturgia.
Esteve em diversas novelas e séries, mas principalmente destacou-se em papéis cômicos. No ano de 2009, Walcyr Carrasco criou para ela a personagem Ivonete em Caras & Bocas e foi a partir daí que este talento viu sua carreira ser projetada nacionalmente.
Não parou mais e foi figura marcante em outros casos, como em Fina Estampa (2011), Gabriela (2012), Flor do Caribe (2013), A Regra do Jogo (2015), Sol Nascente (2016) e, em 2019, na novela Bom Sucesso encerrou sua jornada na emissora carioca, que passou a desagradá-la.
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Estamos falando de Suzana Pires, a qual relatou em entrevista para Leo Dias o desgosto de ter participado de inúmeras reuniões com os executivos globais e nenhum projeto ser aceito. Ela criou novelas, séries, programas especiais e tudo o que foi possível para tornar-se autora.
Teve uma oportunidade de ouro, ao ser convidada para substituir Walther Negrão na autoria de Sol Nascente, durante o afastamento do titular. Mesmo assim, Suzana não teve oportunidade de realizar um projeto sozinha.
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“Ouvi do interlocutor que eu tinha três problemas: o primeiro é que eu era muito alegre, o segundo é que, com essa alegria, eu conseguia que a equipe fizesse tudo que eu queria. Terceiro era que com isso eu acabava pulando processos”, disse a atriz e dramaturga.
Ela apresentou três propostas de novelas das sete, todas rejeitadas. Também, teria sido alertada a manter uma postura de autora, com postagens mais sérias nas redes sociais. “Como uma autora de novela vai postar uma foto de biquíni?”, questionavam para ela, que reagia: “Não postava. Só quando acabou o contrato”.
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“[…] tem uma hora que [o lugar] começa a ser [machista]. Dependendo do lugar que você está, sua pulsão de vida pode incomodar de alguma forma”, confessou a profissional, que tentou demonstrar o sentimento de frustração após o pedido de demissão da Globo.
“Você esquece que tem 20 anos de carreira, estudou, que trabalhou igual a um camelo. Tive que tomar remédio. Isso me tirou o chão, porque você entrega uma coisa e tudo está ruim”, afirmou.