A Globo é poderosa e disso temos certeza. É uma emissora de TV grandiosa ao ponto de chegar a ser uma das maiores do mundo. Entretanto, não importa qual empresa for, na China estes rankings de mercado não valem e todos são equivalentes, sem distinção.
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Sob a predominância de uma ditadura comunista, o país tem regras duras a serem cumpridas e, qualquer um que queira fazer algo por lá, deve seguir o que os governantes definem.
Não basta chegar e fazer, tem que ser como eles querem e respeitando os ritos chineses. Foi assim que Laços de Família não pôde gravar suas cenas externas por lá. Isto porque, a produção achava que era só comprar as passagens de avião e partir com a equipe para rodar as cenas.
A embaixada chinesa exigiu que os globais enviassem os roteiros antecipadamente para as autoridades comunistas, algo equivalente a censura brasileira. Na determinação, solicitou-se que os roteiros estivessem devidamente traduzidos para o mandarim.
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Caso contrário, a equipe de Laços de Família não era bem-vinda e foi proibida de pisar os pés para gravar cenas por lá, para evitar que os valores locais fossem corrompidos pela presença brasileira. Diante da burocracia, optou-se pelas gravações acontecerem no Japão.
O autor Manoel Carlos justificou não ser possível fazer o que os chineses haviam pedido porque, pelas novelas serem obras abertas, ainda não sabia ao certo quais seriam os roteiros das cenas a serem gravadas na externa internacional.
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“Ainda não tenho a história fechada, estou apenas juntando algumas peças”, declarou o Maneco ao ser questionado sobre o assunto pelo Estado de S. Paulo, em matéria publicada no dia 16 de janeiro de 2000.
