Neste final de semana, foi comemorada uma data importante e que foi instituída pela OMS voltada à conscientização para o autismo. Como se sabe, a desinformação em torno de temas relacionados a este transtorno mental são constantes.
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Por conta da escassez de discussões apropriadas, alguns mitos são criados e estes acabam ofuscando o que deveria ser a prioridade: a inclusão e a acessibilidade para que pessoas autistas ocupem a cada dia mais um número maior de lugares.
É neste sentido que há o caso de uma atriz que ficou famosa na novela das sete exibida em 2007, de autoria de Walcyr Carrasco. Intitulada Sete Pecados, a trama teve no elenco alguns nomes como Reynaldo Gianecchini, Giovanna Antonelli, Priscila Fantin, Cláudia Raia, Nívea Stelmann e dentre outros.
Também integrando este time, as atrizes Rosanne Mulholland, Amanda Azevedo e Leilah Moreno estrelavam pela primeira vez nas novelas. Esta última atriz citada, foi a responsável por um diagnóstico de autismo já na idade adulta.
A descoberta quebra um estereótipo construído em torno do transtorno, uma vez que se imagina o autista sob o estigma do isolamento por ser antissocial. Ela conta que, quando tinha 16 anos, seus familiares a levaram para médicos na tentativa de entender o que acontecia e, equivocadamente, apontavam diagnósticos de DDA (Déficit de Atenção), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), superdotação e dentre outros.
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“A forma de me comunicar, me conectar com as pessoas e ver o mundo eram diferentes. Achava que isso era porque eu era artista, criança ou aquariana. Tinha um mundo muito particular e imenso”, explicou Leilah.
“Não fui uma autista não-verbal, fui comunicativa, mas tive momentos de isolamento, ainda tenho. Tinha bastante ressaca social. Convivia bem com a família, brincava, mas, sempre que acabava a festa, precisava me isolar. Isso me deixava encucada. Ficava sobrecarregada com barulho, muitas informações”, disse a atriz, que atualmente investe na carreira de cantora e é uma das integrantes da banda do programa Altas Horas.
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Leilah acrescenta: “O autismo não é um castigo. Se eu não tivesse o espectro, não teria desenvolvido as minhas aptidões com tanto afinco. Estar dentro do espectro autista me deu muitas vitórias. Trabalhar com o público era para ser a coisa mais difícil do mundo e é o que me torna mais forte. Tive que estudar e entender quando entrei nesse universo, me conheci. Foi a coisa mais importante e bonita que podia ter acontecido comigo, sou muito feliz por isso”.