As intercorrências do dia a dia fizeram com que a Globo por várias vezes se questionasse sobre suas formas de se transformar e refazer. Só que, em 1996, esse conceito foi totalmente colocado em prova diante de um imprevisto.
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Com gravações avançadas e pronta para ser exibida como série, O Fim do Mundo foi uma criação de Dias Gomes com o objetivo de que ele, por mais uma vez, pudesse se debruçar em suas típicas histórias de fantasia.
Porém, todo o desenrolar da morte inesperada da filha de uma autora fez com que ela tivesse que sair às pressas da novela e, ao optar não substituir a autora, a Globo se viu numa saia justa que nunca antes tinha passado.
A autora Glória Perez tinha assumido o horário das oito com a condição de que, quando a Justiça a chamasse para o julgamento do assassinato de Daniella Perez, teria que abandonar os trabalhos da faixa imediatamente.
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E assim aconteceu: na medida em que o julgamento da morte dela foi marcado para maio de 1996, Glória saiu de Explode Coração. A trama, no entanto, não seguiu sem a autora e seu encerramento foi antecipado.
Esta conclusão da novela às pressas permitiu que O Fim do Mundo, preparada para ser uma série, fosse colocada para tapar o buraco até que O Rei do Gado, planejada oficialmente para suceder a faixa, ficasse pronta.
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Deste modo, O Fim do Mundo foi concebida com apenas 35 capítulos, sendo a novela mais curta a ir ao ar na história da TV brasileira. Foi também uma das primeiras a se utilizar efeitos especiais computadorizados, para retratar o misticismo abordado pela trama.
