Sucesso histórico da Record, com índices de audiência que bateu a Globo em diversas praças, Os Dez Mandamentos (ODM) é uma novela que certamente fugiu de todos os padrões e expectativas. Ao mesmo tempo que evangelizou a audiência, a emissora dos bispos também foi responsável por levar uma novela global das nove ao fundo do poço.
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Babilônia (2015) deve parte de seu fracasso ao ótimo desempenho de ODM, que sugava todo o público e chamava muito mais atenção. Não era a toa todo o fenômeno da trama bíblica, pois a Record entregava uma superprodução digna de ninguém botar defeito.
Enquanto isto, a Globo apostava em algo completamente inverso: mais uma história contemporânea, repetitiva e com diversos elementos que a família tradicional brasileira rejeita veementemente. Porém, quem acha que a Record foi a primeira a adaptar o texto bíblico, se enganou redondamente.
A TV Tupi fez Os Dez Mandamentos em 1955 e contou com um grande improviso. Os brasileiros da época paravam para acompanhar os capítulos escritos por Tatiana Belinky. A direção ficou por conta de Júlio Gouveia e as cenas aconteciam com elenco do TESP (Teatro-Escola São Paulo).
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Todos os domingos, a novela era exibida ao vivo em horário nobre. Para retratar algumas cenas numa época em que sequer imaginava a existência da computação gráfica, a criatividade tomou de conta da produção da novela.
A fatídica cena de Moisés abrindo Mar Vermelho teve duas caixas d’água, uma em cada lado do teatro. Ao fundo, sequências foram projetadas com auxílio da iluminação, o que encheu os olhos dos telespectadores.
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Também, há informações de que balões cheios de água eram colocados na parte do teto do estúdio, para os momentos de enchentes. Então, ficava um contrarregra esperando o momento certo para furar os balões e dar a impressão de um dilúvio. Não há muitos registros fotográficos desta época em que o acesso à tecnologia era precário.
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