
Em Terra Nostra, José Alceu (Guilherme Bernard) fugirá de casa, e Antenor (Jackson Antunes) sairá em busca do menino. Ele, então, o encontrará vivendo na senzala da fazenda de Gumercindo (Antônio Fagundes) e, ao pedir que volte para a casa de Naná (Adriana Lessa), José Alceu reagirá com agressividade dando chicotadas no padrasto.
A princípio, Antenor dirá a José que Naná está sofrendo muito com sua ausência. O jovem retrucará: “De noite a gente escuta aqui o gemido dos negros que você açoitava, feitor maldito”. Tentando acalmá-lo, Antenor dirá: “Eu saí no seu rastro com o coração aberto pra gente se entender. Podemos conversar que nem gente?”.
José responderá que não quer conversa alguma e que não pretende voltar para casa com Antenor. O veterano, então, questionará o motivo de tanto ódio: “O que é que eu te fiz de mal? Mal de gostar da sua mãe, de querer bem à sua mãe?” O personagem de Guilherme Bernard mandará Antenor retornar para Naná: “Me deixe aqui”, bradará.
Antenor dirá a José que ele voltará para a casa de Naná, mas o menino se recusará e ainda o desafiará: “Mas nem que você me corte com esse chicote, feitor maldito. Como você fazia com os negros dessa senzala… Tô esperando o senhor vir me bater como fazia com eles”.
Em seguida, Antenor pegará o chicote como se fosse bater em José, mas surpreenderá ao entregar o objeto ao garoto. “Eu não vou te bater. Bota o teu ódio pra fora, moleque. Me bata! Ou você não tem coragem pra isso, negrinho?”, provocará. Tomado pela fúria, José começará a açoitar o ex-feitor: “Toma! Toma! Eu te odeio, feitor maldito!”, gritará ele, sem parar.
Por fim, o menino se cansará de bater e, após extravasar, cairá no choro. Antenor, mesmo machucado, tomará o chicote das mãos do rapaz e o acolherá em um abraço. “Chore o tempo que quiser. Não é vergonha chorar”, dirá. Nesse momento, José perceberá que estava cego de ódio e que esse sentimento não o deixaria ser feliz. Antenor, então, levará o jovem de volta para casa, e os dois finalmente selarão a paz.





