Não há mais ordens na Globo para tentar reverter o fracasso de Cara e Coragem. De acordo com informações do colunista Gabriel Vaquer, o consenso nos bastidores é de que não há mais o que fazer.
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A novela não caiu no gosto do público e as produções da faixa das seis, que estão em uma posição na grade de programação muito mais desprestigiada, estão chamando uma atenção maior. Nas redes sociais, Cara e Coragem tem recebido um grande volume de reclamações.
No que se refere a audiência, a novela tem deixado a desejar. Segundo Vaquer, um a cada dez telespectadores fiéis da Globo estão mudando de canal desde a estreia do folhetim. Mas, os fiascos nesta faixa são comuns. A seguir, relembre os casos parecidos de fiascos das novelas das sete:
Começar de Novo
Se lembra do Marcos Paulo, diretor que ficou famoso depois da disputa de herança entre Antonia Fontenelle e Flávia Alessandra? Ele passou por outro fogo cruzado em 2005, quando dirigiu e estrelou Começar de Novo.
Baseada no clássico O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, a novela é considerada pelo próprio autor como seu pior trabalho e “uma das piores experiências” profissionais dele. Antônio Calmon admitiu ter sido pressionado a trazer resultados para o folhetim, que recebia um patrocínio milionário da Petrobras. Enquanto Começar de Novo estava em queda, A Escrava Isaura da Record via sua audiência crescer.
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Um Sonho a Mais
Depois do fenômeno de Vereda Tropical, a Globo se deparou com o fracasso de Um Sonho a Mais. Ney Latorraca estava no protagonismo da trama, que tinha autoria de um escritor novato no universo da teledramaturgia: o estrangeiro Daniel Más.
A estrutura debochada e o enredo cômico da novela afastaram o público. O autor não quis ouvir as críticas negativas e a Globo precisou afastá-lo, sob pena da situação piorar cada vez mais. Lauro César Muniz assumiu os textos de Um Sonho a Mais a partir do 38° capítulo, mas não obteve sucesso.
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As Filhas da Mãe
O ex-todo-poderoso e responsável por comandar a teledramaturgia da Globo por anos, Silvio de Abreu não é tão perfeito assim. Afinal, pesa-se em seu desfavor um fiasco colossal. Se a emissora carioca pudesse voltar no tempo, jamais teria aceitado colocar As Filhas da Mãe no ar.
Fernanda Montenegro, Francisco Cuoco, Cláudia Raia, Andréa Beltrão e grande elenco foram convocados para este folhetim aparentemente popularesco e que lembrava bastante Dona Xepa. Nada era suficiente para que As Filhas da Mãe caísse no gosto do público e a audiência foi a menor em 31 anos de existência das novelas das sete.
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Desejos de Mulher
Um fracasso após outro: foi literalmente isto que a Globo viveu entre 2001 e 2002 na faixa das sete. Como se não bastasse, frustrada depois do sufoco que passou por conta de As Filhas da Mãe, o folhetim substituto da faixa também sofreu forte rejeição na emissora.
Desejos de Mulher foi pensada originalmente para a faixa das oito (atual faixa das nove), mas a Globo deve ter se sentido aliviada por voltar atrás na decisão. A audiência da novela definhou da mesma maneira que a antecessora da faixa, trazendo correria e dor de cabeça. Após uma intervenção da alta cúpula, o prejuízo acabou sendo menor.
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Vila Madalena
O querido e eterno Jorginho, pseudônimo carinhoso do diretor Jorge Fernando, não teve apenas sucessos em sua carreira. Vila Madalena foi dirigida por Jorginho e faz parte dos maiores fiascos das novelas das sete. O título é uma referência a um famoso bairro da maior metrópole do Brasil.
No entanto, o público de São Paulo não se reconhecia na novela. Apesar de serem retratados no folhetim, os paulistas passaram a rejeitar a trama. Com o fracasso, a Globo determinou que Vila Madalena fizesse parte da lista de novelas que nunca serão reprisadas.