
Nos últimos capítulos de Tieta, novela em reprise no Vale a Pena Ver de Novo, Tieta (Betty Faria) acabará confessando a Osnar (José Mayer) que foi cafetina em São Paulo. O rapaz, embora não faça escândalo, desdenhará do passado da amada. Tieta, por sua vez, não se calará e dará uma lição de moral no bonitão. “Bati de frente com a vida muitas vezes”, afirmará ela.
A princípio, Perpétua (Joana Fomm) aproveitará a igreja lotada para, em voz alta, acusar Tieta de ter sido quenga e dona de um bordel em São Paulo. A megera tentará provar suas alegações com um dossiê, mas os papéis acabarão pegando fogo. Sem provas, ninguém acreditará em Perpétua, e seu plano irá por água abaixo.
Mais tarde, Tieta, prestes a retornar para São Paulo, convidará Osnar para ir com ela, mas o homem decidirá permanecer no Agreste, marcando o fim da relação. Antes que ele saia de sua casa, Tieta revelará que tudo o que Perpétua disse era verdade. O personagem de José Mayer ficará paralisado por alguns instantes. Depois, dirá que nunca adivinhou, mas sempre suspeitou que ela escondia algo em seu passado.
Tieta, por sua vez, repreenderá Osnar e o mandará falar direito com ela. “Meça bem tuas palavras quando falar do meu passado, viu? Porque não tem nenhum pedacinho dele por menor que seja, que eu não deva me orgulhar”, disparará ela, que também lembrará da época que foi expulsa do Agreste pelo seu pai na frente de todos.
“Quando eu fui expulsa daqui, tu não faz ideia de como eu me sentia. Uma cadela vira-lata de beira de estrada, meio morta. Coitada de uma menina, e que não tinha como se virar, não sabia se virar, não sabia para onde se mexer. Mesmo assim eu me virei, eu me mexi, eu fui em frente abrindo esse mundão de Deus e deixando atrás de mim uma história, porque eu queria viver”, lembrará Tieta.
Por fim, Tieta dirá que nunca se vitimizou, ao contrário: usou sua dor para vencer na vida: “Eu queria só ver gota a gota desse dom que Deus me deu, que foi a vida. E tudo de bom e de ruim que me aconteceu foi porque eu vivi. E não teve desilusão, nem dor que acabasse com essa vontade. Bati de frente com a vida muitas vezes, me dei mal, quase cheguei no fundo do poço, mas eu soube gritar, espernear e dar a volta por cima quando foi preciso. E se tu me perguntar agora o que eu ainda quero fazer, Tieta do Agreste ou Madame Antoinette, seja lá o que for, eu quero mais é viver”, concluirá.