Atualmente no ar pela reprise de Laços de Família (2000), no Vale a Pena Ver de Novo, o ator José Victor Castiel, que interpretou o personagem Viriato, concedeu uma entrevista à revista Quem, onde relembrou a passagem marcante do brocha na trama de Manoel Carlos.
“Ele era um representante vivo do Freud [1856-1939] na Terra, um cara fora de esquadro”, comentou o artista, que ainda aproveitou o momento para “dizer que o segurança com certeza não sobreviveria ao período de isolamento social devido à pandemia da Covid-19”. “Na quarentena, Viriato ia ficar insuportável, seria caso para assassinato”, comentou ele, em tom de brincadeira.
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Em seguida, Victor também ressaltou que seu personagem era um cara mal humorado. “Em todas as cenas da novela –eu me ative a isso na composição– está sempre oprimido. Se ele deu quatro sorrisos na novela, foi muito. Embora o personagem estivesse envolvido sempre em situações engraçadas ou que provocavam risadas, ele não ria. Parabéns a uma pessoa que convive com um cara desses”, ironizou.
Já sobre o folhetim, o ex-global contou que a ficção o ajudou na vida real. “Laços de Família fez com que eu me entregasse aos erros, aos defeitos do personagem, quis me despir totalmente do superego. Saí da novela muito mais tranquilo. Descobri que a gente não precisa ficar bonito, que a gente não precisa ser querido, a gente tem que ser uma pessoa humana”, disse.
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“A gente não têm que defender o personagem. A gente têm que reconhecer os defeitos dele para que ele fique real. Laços me ajudou a me despir de superego. Viriato é um personagem controverso”, continuou o veterano de 62 anos.
Acerca do elenco com quem contracenou, José Victor falou que firmou uma relação de proximidade com a intérprete de Yvete (Soraya Ravenle). “Tive a sorte de estabelecer uma parceria muito boa com a Soraya [Ravenle]. Tivemos uma relação fraternal com as nossas famílias. Foi uma atriz que me trouxe muita amizade. Nossas famílias também se aproximaram”, relatou.
