Antonio Fagundes foi dispensado pela Globo recentemente, mas deve ser recontratado pelo canal onde estava desde os anos 70, pois o seu nome é bastante cotado para o remake de Pantanal, que apenas deve estrear em 2022.
“A Globo está se desfazendo de seu patrimônio e arriscando sua história”, criticou o intérprete de Alberto, de Bom Sucesso, que foi exibida recentemente na faixa das 19 horas e saiu do ar em janeiro. A entrevista do veterano foi concedida à Veja.
“Comparando, é como se um museu que durante décadas expôs a Monalisa de repente resolvesse se desfazer justamente dela. Pode ser bom, do ponto de vista administrativo e financeiro, mas corre-se um grande risco” continuou o veterano.
Fagundão seguiu: “A Globo não é uma fábrica de sapatos, trabalha com arte, emoção e fidelidade. Durante cinquenta anos, o público assistiu a essas pessoas nessa emissora e tem um carinho especial por elas. É como se a empresa propusesse esquecer todo o passado e começar o futuro. Pode dar certo, mas também pode não dar”.
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“Todos esses anos de casa foram bons para mim e, claro, para a empresa também. Logo que entrei na Globo, passei um período contratado por obra, por minha opção. Queria ter liberdade de fazer só o que me interessasse. Com o tempo me rendi, até porque tinha conquistado certa independência na escolha dos trabalhos”, alega Antonio Fagundes.
O artista seguiu: “Só que a empresa mudou sua forma operacional. Entendo que não é específico comigo, que não fui mandado embora porque não sirvo mais. Até porque já estão querendo me contratar para o remake da novela Pantanal, no ano que vem”, contou.
Por fim, o ex-contratado da Globo reforça que a parceria de décadas foi boa para ambos os lados: “Escuto muito: ‘Você deu 44 anos da sua vida para eles’. Não, não dei nada para ninguém. Foi uma troca”.
